Confesso que fiquei feliz em poder ver pela primeira vez nos meus quase 30 anos de vida, um GRECRUZ. Por ter sido criado nos arredores do Morro Santana, adquiri certa simpatia ao time do agora saudoso Moacir Scliar. E na sua volta até agora triunfal à primeira divisão do Ruralito, pude ver que o Estrelado não está de brincadeira. Tanto é verdade que ganhou duas vezes do time dos bugios lacustres e veio com tudo pra cima do Grêmio.

Ao fim do certame, prevaleceu a máxima de que "o placar foi melhor que o jogo". Com um Cruzeiro bem fechado, foi difícil para o Tricolor penetrar na área adversária. Este obstáculo poderia ser apenas uma questão de tempo até ser transposto, porém, os jogadores do Cruzeiro estavam tão focados na partida que deram bastante trabalho para nossa defesa. Novamente levamos gol na bola aérea. A defesa Gremista, no passado tão eficiente ao ponto de ser chamada de Força Aérea Tricolor, hoje parece um teco-teco com motor engasgado e pneu furado. É hora do Santo dar uma conferida e na dupla de zaga. Minha modesta opinião é que Paulão, apesar de raçudo, não é o companheiro ideal para Rodolfo.

No fim das contas, vencemos com Borges fazendo 3 tentos. Mas a satisfação de ver o Cruzeirinho de volta e de assegurarmos nossa vaga para a final do primeiro turno fica ofuscada pela preocupação com o sistema defensivo do time. Os erros do time em um jogo de Gauchão podem ser perfeitamente reversíveis. Já em Libertadores a coisa complica.

Outro motivo de preocupação está fora das quatro linhas. Odone anunciou que o clube vai negociar suas cotas de televisão em separado. Vejo isso com muita preocupação pois, após todo o circo armado pelo Corinthians contra o Clube dos 13 e a aparente "debandada" dos clubes para negociar as cotas de TV em separado, temo que o Grêmio faça um mal negócio. Muitos reclamam do valor repassado ao Grêmio pelo C13 em relação às cotas de transmissão e que, negociando em separado com a Globo, poderíamos conseguir melhores valores. Porém, o Clube dos 13 foi um bloco montado justamente para ter mais força na mesa de negociações em relação aos direitos dos clubes, incluindo a cota de transmissão. Não entendo como os clubes terão força negociando sozinhos.

Começo a semana esperando que o Grêmio faça um ótimo trabalho dentro de campo nesta quinta pela Libertadores, e que o Presidente Odone realmente faça valer o discurso que pensa no que é melhor para o Grêmio.

Quando se joga uma Libertadores, tem que se ter em mente que uma hora as coisas podem dar errado. Foi o que aconteceu nesta noite com o Grêmio. Perdemos um jogo que poderíamos ter ganho, não fossem os descuidos do time. Estávamos mal acostumados com as seguidas vitórias contra Liverpools, Ypirangas, Petroleros, etc. e isso criou a ilusão de que estava tudo bem. Porém, descobrimos que as coisas não são essa maravilha toda, e que há sim oportunidades para melhorar.

Há que se concordar desde o início que o time do Junior era o mais difícil do nosso grupo e o que mais poderia complicar. Some-se a isso a instabilidade do time frente a um estádio lotado e um FRAQUÍSSIMO trio de arbitragem.

Algumas constatações que faço sobre o time: Gilson e Paulão deram conta do recado na reta final do BR e só. São bons reservas mas não têm condições de serem titulares. A saber, o gol de empate do Junior - e a maioria dos ataques também -, veio pelo lado esquerdo que Gilson deveria cobrir. Paulão foi mais uma vez afoito e parecia uma patrola. Gilson é ineficiente e precisa de alguém apoiando-o na esquerda. Depois que Collaço entrou, parou a avenida pela esquerda. Tanto é verdade que o gol da virada dos colombianos foi fruto de uma jogada de escanteio.

Tirando os dois citados acima, o time do Grêmio é um time de bom, para muito bom. C. Alberto estava meio nervoso e exagerou nas faltas tomando até cartão amarelo. Mas digo que gosto de um meio campo com ele e Douglas. André Lima tirou a 99 e desapareceu no jogo. Rodolfo quase fez um golaço e Victor ainda operou alguns milagres. Rochemback continua sendo o melhor do Grêmio e precisa do Alemão Adilson pra não ser sacrificado no jogo. Renato deve ter se ligado nisso e vai dar um jeito de consertar. Meu time ideal teria C. Alberto ou Escudero com Douglas no meio, Adilson com Rochemback e Lúcio na lateral. Mas vamos ver o que o Santo fará para consertar este pequeno acidente de percurso. Confiamos nele.

Fazendo um resumo da partida, não foi a noite do Grêmio. Jogamos um primeiro tempo muito ruim, um ótimo segundo tempo e fomos garfados até não poder mais pelo malandro juiz mexicano "Chiqui Dracula". Mas não se pode fazer terra arrasada. Foi apenas o segundo jogo e, bem ou mal, estamos em segundo. Além de os outros 2 adversários serem mais frágeis, os colombianos terão que jogar no Olímpico. E é aí que eles vão ver que mexeram com o time errado e com a torcida errada.

COPAREMOS!!!

Estamos vivendo um momento interessante do futebol brasileiro no que diz respeito ao "futebol-negócio". A vasta discussão sobre os novos valores de televisionamento para o Campeonato Brasileiro e o risco de a Globo ficar de fora, estão evidenciando a falta de maturidade e seriedade com que o futebol brasileiro é conduzido.

Novamente vemos que o Brasil é o país das negociatas e dos arranjos políticos. Não há muito mais a comentar, apenas a lamentar. E esperar que o Grêmio enquanto instituição se posicione ao lado da lisura e da seriedade. E que uma chefia de delegação não tenha sido um "presente" da CBF com o objetivo de ter o Grêmio como colaborador em seus interesses obscuros.

Estivesse Renato vestindo um fraque com uma batuta na mão e nossos jogadores posicionados cada um com um instrumento, teríamos presenciado um concerto no Olímpico. Claro que o adversário não era lá uma Brastemp, porém, qualquer apresentação do time inferior à feita ontem, seria motivo de preocupação.

O Grêmio foi sinfônico. Sincronizado e preciso, como toda boa orquestra tem que ser. Ao Ypiranga restou tentar defender sua frágil meta. O jogo já fora decidido no primeiro tempo com 3x0, logo, podíamos esperar um segundo tempo sonolento e burocrático. Negativo. Renato fez o time jogar com a mesma vontade da etapa inicial, como se estivéssemos ainda no 0x0. Resultado, 5x0 no Ypiranga com o garoto Leandro estreando no time principal com gol. Ótimo debut.

Em qualquer jogo de Gauchão eu fico pensando como este campeonato é amador, mesmo com todos os recordes de patrocínio, como o da Coca Cola este ano. É notável que os times do interior têm condições financeiras precárias e a FGF, ao invés de intervir para o bem de seus afiliados, nada faz.

Exemplo maior neste fim de semana foi o do zagueiro Glauco do Ypiranga que passou mal 9 minutos após chocar-se com o goleiro. O Dr. Rabaldo, médico do Grêmio, é quem teve que ir dar a primeira assistência ao jogador, pois o time do Ypiranga não tinha médico. Some-se a isso a possibilidade de o jogador ir parar no HPS caso o time não possuísse convênio com um plano de saúde. Já o pessoal da Unimed, parecia que estavam no jogo a comer mosca ou caçar borboletas. Falta de preparo total de quem devia estar atento a todos os lances para garantir a segurança dos jogadores e da torcida.

Urge uma organização PROFISSIONAL do Gauchão e uma maior assistência aos clubes do interior, ao invés de fazer reuniões secretas em Buenos Aires ou levar dirigentes para passear na Europa sob o pretexto de "fazer intercâmbio". O Presidente da FGF, como organizador do Gauchão, é um ótimo dono da Multisom e conselheiro colorado.

Voltando ao foco, quinta-feira o coração e o pensamento estarão com o time em Barranquilla na Colômbia rumo a mais uma vitória. Na minha opinião, este será o adversário mais encardido da fase de grupos. Precisamos batê-lo para respirar mais aliviado na LA e poder enfrentar o PERIGOSO Cruzeirinho no domingo. Será outro jogo perigoso contra um adversário fortíssimo que ganhou do grupo de jogadores mais festejado pela imprensa da aldeia.

Falando no time lacustre, a dupla dinâmica Siegmann e Roth serão garantias de gargalhadas durante o ano. Por mim, eles deveriam ter cargos vitalícios no time co(cô)-irmão.

Partida truncada, futebol tosco, um lindo Manto Tricolor e 3 gols. ISTO É LIBERTADORES! Não foi uma partida brilhante. Longe disso. Não gostei muito do novo losango do Renato que deixou o time muito vulnerável. Mas este é um problema para o Santo resolver. Digo isto porque, mesmo com um esquema suicida e alguma falta de brilhantismo nas jogadas, afundamos o Oriente Petrolero com 3 gols que poderiam até ser mais, dada a fragilidade do adversário.

Impressiona a beleza do #novomanto no gramado. É um uniforme de indubitável beleza que já começou com o pé direito e com a cara de copero y peleador.

O sonho do TRI está apenas começando, e já dá mostras de que teremos muita emoção pela frente. Quem sabe - e tomara - finalizando com a Taça no armário e a cabeça em Tóquio.

COPAREMOS!

Hoje recomeça nossa caminhada pelo TRI da Libertadores. Vá ao Olímpico, torça, grite. Nosso time precisa do nosso apoio!

COPAREMOS!!!

Conforme prometido, seguem agora as fotos PROFISSIONAIS do Guilherme Freitag para mostrar como foi lançamento da linha 2001 Grêmio/Topper. Se quiser, você tabmém pode conferir mais fotos no blog do APB.

Foi uma festa muito bonita e emocionante. Quem vinha acompanhando os anúncios da Topper nos jornais já se empolgava com a possibilidade de que tivéssemos, finalmente, um Manto a altura da envergadura e história do Grêmio. Chegando ao evento, ficou ainda mais claro que a Topper queria acertar com a torcida. Uma estrutura muito bonita foi montada para esperar os convidados.